Tendências para 2019 no setor das compras: poupança e KPI

Tendências para 2019 no setor das compras: poupança e KPI
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Após a publicação da 9.ª edição do seu inquérito sobre as tendências e prioridades dos departamentos de compras, a AgileBuyer e o Conselho Nacional de Compras (CNA) francês trouxeram alguma luz sobre a redução de custos enquanto principal prioridade dos departamentos de compras, bem como sobre os meios de alavancagem utilizados e os indicadores de desempenho.

Reduzir custos: o objetivo prioritário

Estando intrínseca e historicamente associada à profissão de comprador, a redução de custos continua a ser o objetivo prioritário para 75% dos departamentos de compras. Sem surpresas, este é um objetivo que preocupa mais o setor privado do que o setor público.

Dentro do próprio setor privado, é no ramo da indústria (automóvel, metalurgia, têxteis, energia, etc.) que as empresas parecem estar mais focadas na redução de custos. Isso pode ser explicado, nomeadamente, pelo facto de a aquisição de bens e serviços representar 75% a 95% das receitas das empresas industriais, ao passo que representa 35% a 65% das receitas para as empresas de serviços.

O setor público parece, no entanto, estar cada vez mais preocupado com a redução de custos, registando essa preocupação um aumento de 8 pontos percentuais em relação ao ano anterior.

Métodos de redução de custos

A negociação com os fornecedores continua a ser o método mais utilizado pelos departamentos de compras para reduzir os seus custos. No entanto, as abordagens parecem ter mudado em relação ao ano anterior.

Logo a seguir à negociação, os cinco métodos mais utilizados são os seguintes:

  • O ajuste das especificações (58%, +11 pontos percentuais em relação ao ano anterior)
  • A mutualização/globalização das compras (46%, -4 pontos percentuais)
  • A mudança de fornecedores (39%, +13 pontos percentuais)
  • O custo total de aquisição (33%, -6 pontos percentuais)

Os especialistas interpretam estas tendências como uma profissionalização da função de compras, que passou a estar mais orientada para a redução “inteligente” dos custos. Os gestores de compras estão mais envolvidos nas fases a montante dos projetos, participando na definição das especificações técnicas com os clientes internos. Por outras palavras, procuram desmistificar a sua imagem de “caça aos custos” e demonstram o seu verdadeiro valor acrescentado.

Indicadores de desempenho

A grande maioria dos departamentos de compras avalia o seu desempenho com base, essencialmente, nas poupanças conseguidas. Isto não é surpreendente, uma vez que o seu principal objetivo é reduzir os custos. Neste caso, os setores público e privado parecem estar em sintonia (61% contra 57%).

Os outros indicadores de desempenho utilizados mantêm-se mais ou menos inalterados face ao ano anterior:

  • A reatividade (10%, +1 ponto percentual em relação ao ano anterior)
  • A contribuição para as receitas (10%, -2 pontos percentuais)
  • Os riscos contratuais (8%, inalterado em relação ao ano anterior)
  • A liquidez (6%, -2 pontos percentuais)
  • Por último, a inovação, a responsabilidade social das empresas e os riscos reputacionais, todos eles indicadores que ainda ocupam uma posição insignificante nos dias de hoje.

Os departamentos de compras parecem estar, finalmente, a mudar de uma perspetiva de redução de custos para uma perspetiva de otimização de custos, aperfeiçoando os seus métodos e criando assim mais valor acrescentado. Da negociação à colaboração, as competências necessárias para trabalhar num departamento de compras também evoluirão ao longo do tempo.

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